domingo, 2 de junho de 2013

"O Rapaz de Bronze" - outro final

Final diferente...

             Florinda ficou a olhar o Rapaz de Bronze e, depois de muito pensar, disse: “Já estou a lembrar-me!Tu disseste-me para eu acreditar nas coisas que eu visse, mesmo que as outras pessoas dissessem que era mentira.”
            O Rapaz de Bronze virou-se para ela e alertou-a: “Vamos embora daqui, parece que a dona da casa está à tua procura e eu não posso ser visto a conversar contigo!” A Florinda despediu-se e foi para casa. 
            Ao acordar, antes de ir para a escola, Florinda passou pelo parque para falar com o Rapaz de Bronze.
            Rapaz de Bronze, sou eu a florinda! Mas ele não deu nenhum sinal nenhum de a estar a ouvir. Florinda pensou: “Será possivel, que estou ficar mais velha e ainda sonho com coisas absurdas como estas? Só pode ter sido um sonho, a minha mãe nunca me mandaria ir fazer um recado àquela hora da noite!”
            Florinda foi para a escola.Quando chegou a casa a mãe perguntou-lhe:
            Ontem entregaste os ovos?
            Quais ovos?
            – Os que eu te mandei entregar à cozinheira, ontem à noite! disse a mãe zangada.
            – Então, fui mesmo levar os ovos?!
            Não, foi o coelhinho da páscoa que pôs uns ovos no cesto e mandou-te ir levá-los à cozinheira!
            Nunca vi o coelhinho da páscoa! Ele pôe ovos?...
            Pois, nem era para veres, o coelhinho da páscoa só traz os ovos de chocolate e eu nunca te mandava ir levar ovos de chocolate à cozinheira. Estás bem, Florinda?
            Estou...mãe, preciso de ir fazer uma coisa!
             A Florinda correu até ao parque mas, como sempre, o Rapaz de Bronze estava imóvel. Florinda queria saber se, de facto, ele falava e mexia. Fez caretas, fez-lhe cócegas, cantou, dançou, saltou...mas, depois de tudo, só quando já era noite é que o Rapaz de Bronze  se levantou e disse:
            Olá, Florinda, tás boa?
            Sim e não!
            Sim e não, porquê?
            Tu não falas comigo, estás sempre imóvel, sempre na mesma posição!
            Já te disse que durante o dia sou estátua e só à  noite é que sou um rapaz!
            A Florinda pensou que ele devia estar tolinho ou então tinha apanhado demasiado sol...como é que ele podia ser homem e estátua?
            Florinda, em que é que tanto pensas tu?
            Não acredito, tu não és homem nem estátua, eu devo estar outra vez a sonhar...   
           Então se não acreditas em mim, faz o seguinte: todos os dias passas aqui no meu jardim, se eu tiver uma rosa no meu colo, pegas nela e leva-la para casa contigo. Esse é o meu sinal de que penso em ti todos os dias, sempre que me transformo em Rapaz.
            Florinda ficou calada e nada prometeu.
            Assim passaram muitos anos e a cada nova primavera, Florinda vinha até ao jardim. O Rapaz de Bronze tinha sempre uma rosa aos seus pés de bronze para Florinda.


Gabriela Lapa , 5º D, nº6


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