Nesta semana dedicada ao livro, fizemos a divulgação e apresentação nas turmas de alguns dos livros que a biblioteca recebeu pelo prémio do Concurso Inês de Castro 2017!
Divulgamos um texto de Luísa Ducla Soares publicado pela Porto Editora [https://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/paginas-especiais/educacao-pre-escolar/opiniao-pre/dia-mundial-do-livro/]
O Dia Mundial do Livro e do
Direito de Autor foi instituído pela UNESCO em novembro de 1995, procurando
fomentar o gosto pela leitura e, simultaneamente, respeitar a obra daqueles
que, pela escrita, têm contribuído para o progresso social e cultural da Humanidade.
Qual a razão para se optar pelo
dia 23 de abril? Publicam-se livros todos os dias...
Por coincidência, nesta data
nasceu e morreu William Shakespeare, deixou-nos Cervantes e numerosos
escritores famosos vieram ao mundo ou faleceram.
Mas já antes a Catalunha
instituíra um Dia Internacional do Livro, festejado a 5 de abril, em que,
tradicionalmente, se ofereciam livros e rosas aos amigos. O hábito gentil de
associar o livro a uma flor nesta celebração foi adotado em vários países e
ainda perdura.
Hoje, o Dia Mundial do Livro
celebra-se em todo o planeta das mais diversas formas.
Mas gostaria de me concentrar na
grande importância dos livros para os mais novos e, muito particularmente, para
os meninos do jardim de infância que, sem saberem ler, têm por eles um amor e
um fascínio que excedem, muitas vezes, os das crianças mais velhas.
O livro contado por uma
educadora, por um familiar ganha uma carga afetiva e íntima.
Ele revela-se a grande porta para
a descoberta consciente da língua, que é, afinal, como dizia Fernando Pessoa, a
nossa pátria. No livro, a língua se faz arte, explorando a beleza das palavras,
os ritmos, por vezes as rimas.
Ele ensina ou faz a imaginação
voar. Brinca com o humor. Expõe situações paradigmáticas que preparam para a
vida. Com ele vivem-se aventuras que de outra forma não eram possíveis.
Folhear um livro, um álbum
ilustrado, constitui também uma incursão nas artes visuais, no mundo das formas,
das cores, das sensações. Algumas obras destinadas a estes pequenos utentes nem
sequer têm texto, vivem exclusivamente da ilustração, e isso lhes basta.
Caras educadoras, leiam, leiam e
debrucem-se sobre as páginas com os vossos alunos. Levem-nos a recontar, a
continuar as histórias. Façam-nos memorizar lengalengas, trava-línguas, poemas
e canções. Dramatizem enredos, encham as paredes de desenhos que os meninos
fizeram após a vossa leitura, e o livro deixará de ser apenas um conjunto de
páginas unidas por uma capa e fará parte das crianças, da aula, da escola. Não
terá limites.
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