quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sobre o livro "Aldeia Nova" de Manuel da Fonseca

Deixamos aqui algumas opiniões sobre a obra "Aldeia Nova" de Manuel da Fonseca, resultantes da 1ª fase do Concurso Nacional de Leitura



     Os contos da obra Aldeia Nova refletem a miséria do povo alentejano, não só uma miséria em termos monetários, mas também uma miséria em termos emocionais, marcada por episódios de tristeza e pobreza.
Em “Campaniça”, deparamo-nos com a infelicidade de Maria Campaniça, condenada a viver na sua aldeia até a sua morte chegar. O mesmo sucede com Zé Cardo, no conto Aldeia Nova. Rui Parral, a personagem que com maior frequência aparece nos contos, vivencia períodos de grande nostalgia, desde a morte do irmão (“o último camarada que ficou no caminho”), passando pela partida dos pais (“Sete-estrelo”), pelo refúgio dos amigos ( “A Torre da Má Mora”), até à sua solidão, que se vem a consolidar no conto “Nortada”. A miséria sofrida pelo povo alentejano é salientada no conto “Névoa” e em “Ódio das Vilas” deparamo-nos com a “condenação” de António Vargas, um homem bem-parecido, que acaba por amar Maria Jacinta, uma moça da aldeia.
     Penso que a essência da obra reside nos contos “Aldeia Nova” e “Maria Altinha”. Neste último, vemos a tristeza que se apodera das pessoas que vêm do litoral para o interior (trabalhar em tarefas agrícolas) e em “Aldeia Nova” presenciamos o incansável desejo que os alentejanos têm de sair da pobreza e procurar uma vida melhor, nem que isso não passe de um sonho.

JOSÉ EDUARDO SOUSA, 10º C, nº 9


     Na obra Aldeia Nova, Manuel da Fonseca retrata episódios que se passam no Alentejo, terra do escritor, episódios que lhe foram contados ou até mesmo vivenciados pelo próprio. Outros resultam do culminar da própria imaginação e de tudo o que os olhos do escritor foram observando ao longo da sua vivência com o povo.
    Este povo, o verdadeiro protagonista dos vários contos, era um povo sofrido, cuja labuta diária era feita arduamente e em más condições, quer fossem ceifeiros ou porcariços.
     Num dos contos, a “Aldeia Nova”, Zé Cardo foi entregue pelo próprio avô a um casal de lavradores, uma vez que já não tinha condições para continuar a criar o neto, dada a sua miséria. Zé Cardo, de tenra idade, teve que se conformar com a situação e todos os dias ia guardar os porcos no montijo. No entanto, a esperança e o sonho desta gente do povo dominavam as suas almas, como se pode verificar nos contos “Maria Altinha”, “Campaniça” e “Aldeia Nova”, nos quais os protagonistas sonhavam ter uma vida melhor, nem que isso implicasse sair de Valgato, a terra ruim, ou ir trabalhar na monda do arroz numa terra que não seja a sua, como Maria Altinha, ou partir para Aldeia Nova.

LAURA MAR FONSECA, 12º B, nº 20


     Nos contos desta obra são relatadas várias situações de pobreza e miséria. São exemplos os contos “Aldeia Nova”, “Ódio nas vilas”, “Névoa”, “Nortada” e também o conto “Maria Altinha”. O conto “Aldeia Nova” fala da história do Zé Cardo, um rapaz que aos sete anos de idade é deixado pelo avô na casa de um lavrador, pois não tem condições para o sustentar; o conto “Ódio nas vilas” também retrata a miséria pois, o pai de Maria Jacinta entrega-a a António Vargas (o seu patrão) dizendo que a sua vida é só trabalho e miséria; o conto “Névoa” retrata a história de Zé Simão, um homem que tinha especial apreço pela bebida e que por esse motivo era extremamente pobre e desprezado pelas pessoas com mais posses económicas; o conto”Nortada” pode também ser considerado um exemplo da miséria sofrida pelo povo, pois relata a história de Rui Parral que, depois de muitos anos, regressa a Cerromaior e o único bem que possui é uma casa onde em tempos haviam morado duas tias suas; o conto “Maria Altinha” pode também ilustrar esta miséria, pois fala de uma rapariga que se deslocou do sul para trabalhar nos arrozais, em condições desumanas e acaba por ser violada.

MARIANA FIGUEIREDO RODRIGUES 10º C , Nº 13

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